Um pequeno estudo sobre, O USO DE JÓIA

O USO DE JÓIA

No Antigo Testamento. O uso de jóias entre as mulheres israelitas é notório, bem como alguns tipos de jóias também eram usadas por homens. Vários textos da Bíblia, bem como achados arqueológicos comprovam este fato. Nos dias dos patriarcas, assim como ainda hoje, já se presenteavam pessoas benquistas com roupas. O preço desses presentes significava o tamanho do nosso carinho. Presentear uma mulher com um bracelete, por exemplo, significava valorizar aquela mulher.



Em uma das passagens mais lindas da Bíblia encontrada em Gn 24, na qual vemos claramente uma figura do arrebatamento da Igreja, o mordomo de Abraão presenteou a Rebeca com uma dessas jóias; vale lembrar que nesta passagem do capítulo 24 de Gênesis, o mordomo é figura do Espírito Santo; Abraão é figura de Deus Pai, Isaque é a figura de Jesus e Rebeca simboliza a Igreja. Como poderia Rebeca ser presenteada com jóias se estas fossem malignas? As jóias nesta passagem, como em algumas outras, podem simbolizar  os galardões que o Senhor tem preparado para a sua Igreja. “Tirou jóias de ouro e de prata, e vestidos, e os deu a Rebeca; também deu ricos presentes a seu irmão e a sua mãe” (Gn 24.53).



Abraão, marido de Sara, aquela que Pedro elogia como exemplo de mulher santa, enviou jóias e vestidos para a futura esposa do seu filho, Isaque.

“Tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as mãos dela, do peso de dez siclos de ouro. Tirou jóias de ouro e de prata, e vestidos, e os deu a Rebeca” (Gn 24.22, 47, 53).

Deus abençoou todos os passos para a realização desse matrimônio.

O Antigo Testamento está repleto de referências sobre como as mulheres se adornavam em oposição ao que pensa que se adornar de forma meticulosa representa um desagrado a Deus. Veja como o relato de Isaías 61.10, assemelha o favor de Deus a um noivo que se prepara para casar: “regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com suas jóias”.

Os judeus também gostavam de ornamentos imitando coroas (diademas), pois simbolizavam juventude, alegria e favor a Deus. Colocados sobre a cabeça, esses ornamentos pareciam mais ou menos os arcos que as mulheres contemporâneas utilizavam, alguns deles fartos de pedras coloridas. Ornamentos de ouro, prata e pedras preciosas serviam basicamente para os mesmos fins de hoje. Uma das simbologias tipificadas pelo uso do anel era de autoridade.

“Então tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro” (Gn 41.42).

“Tirou o rei o seu anel, que tinha tomado a Hamã, e o deu a Mordecai” (Ester 8.2).

Os colares, também comumente usados pelos judeus, apareceram inicialmente como uma forma de firmar aliança. Era uma espécie de coleira simbólica com que as pessoas comprometiam-se mutuamente.

“Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares. Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata” (Ct 1.10-11).


Há indícios de que os colares combinavam com os braceletes, formando assim conjuntos de jóias lindíssimas que certamente tornava a mulher mais formosa.


A melhor ilustração do que quero afirmar foi contada pelo próprio Deus. Em Ezequiel 16 o profeta descreve a nação de Judá como uma criança, recém nascida, que cresce, fica moça e Deus a veste das melhores roupas e a adorna com as melhores jóias! (vv 11-12). Vale a pena ler o texto. Se Deus aprova o uso de jóias? Sim, desde que a pessoa não esteja em pecado. Quer dizer, ao contrário do que pensamos. Sempre achamos que como prova de sua santidade, a mulher não deveria usar jóias, mas não é o que dizem dois textos bíblicos do Antigo Testamento. Por haverem pecado, as mulheres de Israel deveriam deixar de usar jóias! Em Isaías 3.16-23 Deus promete retirar as jóias da nação devido ao pecado. Até mesmo os piercings (v. 21). Aliás, foi devido ao pecado que o povo de Israel tirou das orelhas, pescoço e nariz as jóias que usava. Quando se está em pecado, as jóias não caem bem, é o que se depreende do texto de Êxodo 33.1-6. Sabe o que eram os atavios que as mulheres tiveram de tirar por causa do pecado? As jóias, colares, brincos e pendentes do nariz!

Deus inúmeras vezes se valeu de metáforas nas quais inseriram jóias, roupas caras e adereços, a fim de simbolizar sua benção para seu povo.

“Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto, cobri a tua nudez, dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha. Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue e te ungi com óleo. Também te vesti de roupas bordadas, e te calcei com peles de animais marinhos, e te cingi de linho fino e te cobri de seda. Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar á roda do teu pescoço. Coloquei um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas e linda coroa na cabeça. Assim foste ornada de ouro e prata; o teu vestido era de linho fino, de seda e de bordados; nutriste-te de flor de farina, de mel e azeite; eras formosas em extremo e chegaste a ser rainha. Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor Deus” (Ez 16.8-14).


Ora, se Deus não assume uma postura condenatória sobre o uso de objetos de adorno ou moda, de onde vem esta abundância de doutrina humana reprovando severamente o uso de tais?

Há várias explicações, mas podemos restringir-nos a pelo menos três falácias usadas na defesa do legalismo nas igrejas.

Deus usou como exemplo de adorno á Sua noiva espiritual, Jerusalém, conforme Ezequiel. Não é válido, no entanto, o argumento de que o referido texto é do Antigo Testamento e tem sentido espiritual, pois se fosse coisa vergonhosa, mesmo de forma simbólica, Deus não usaria como adorno á Sua noiva, dizendo inclusive: “As jóias de enfeite, que Eu te dei, do meu ouro”. Note-se que não interessa se era simbólico ou não; se no Antigo Testamento ou não.


A prostituição de sua noiva, ali citada, foi condenada como pecado e continua sendo pecado até hoje, porém, as jóias, Deus não condenou, naquela ocasião, e não são consideradas pecado no Novo Testamento. A lei cerimonial (incluindo as vestes) foi abolida, mas a lei moral foi mantida. Por isso é que Jesus afirmou que o amor inclui tudo o que precisamos, hoje, para a salvação.

Deus não haveria de sugerir um adorno que simbolizasse pecado ao ser humano, para adornar simbolicamente sua Noiva, conforme Ezequiel 1.16.

Satanás o pai da mentira ensina seus ministros a preocuparem-se com coisas secundárias e não com as primarias. Eles não se preocupam com a doutrina sã doutrina, mas dão ênfase as doutrinas humanas. Por exemplo: eles não ensinam que a língua que é o menor órgão do corpo humano é capaz de incendiar uma floresta. Eles preocupam-se com falatório vãos e vazios. Mas se uma irmã usar um pequeno brinco é logo fulminada e condenada a réu do inferno. Ensinam que mulher usar brinco é mundana e não tem santidade.

Mas para aqueles que têm visão do Reino de Deus sabem que o pecado não está no uso de um pendente, mas na sensualidade. Diz um erudito que o pecado da sensualidade não está na orelha, mas nas partes intimas de uma mulher.

Os fariseus de hoje escoam um mosquito e engolem um camelo. Invertem os valores ensinam as tradições e esquecem das doutrinas fundamentais da bíblia.


Lendo: Teologia em foco.
Fonte de pesquisa: Pr.Elias Ribas
By: #Cris



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