Reconciliação: Curando laços rompidos
Nesta
série apresentamos as dádivas da cruz, as bênçãos que brotam do ato expiatório
de Cristo aspergidas sobre o povo amado do Eterno. Estas dádivas não nos
descortina um futuro deslumbrantes junto a Deus, como também, nos desafiam a
viver esta esperança hoje, em nosso dia-a-dia. A cruz implica mudança de vida,
cosmovisão, perspectivas e atitudes hoje.
Neste
post vamos explorar uma das mais ricas dádivas da cruz, a reconciliação. Deus
em Cristo nos trouxe de volta, nos reconciliou consigo mesmo. Vivemos na
realidade de poder desfrutar plenitude de vida e comunhão com o Todo-Poderoso.
É necessário perceber a necessidade e a graciosidade desta reconciliação.
O
relacionamento da Criação com Deus era perfeito antes da queda de Adão. Havia
comunhão de Deus com o homem e, a partir deste, com toda as coisas criadas.
Este relacionamento gerava conhecimento, amizade, adoração, sustento e
responsabilidades. A vida reinava. Mas, o homem pecou. Este pecado gerou a
morte, o rompimento deste relacionamento. Este rompimento trouxe a quebra da
paz e de todos os benefícios da comunhão com o Criador. Todo o caos foi
instaurado. O homem passou a ser autossuficiente, independente e
individualista. Perceba que todos os relacionamentos humanos (com Deus, com o
próximo e com a natureza) foram dominados, agora, pela morte e orgulho.
Pela
infinita graça e amor misericordioso de Deus, o Senhor de toda Paz resolveu
através do sacrifício de Jesus Cristo, seu único filho gerado, na cruz, salvar
aqueles a quem Ele soberanamente escolheu. Salvou-os da condenação eterna
advindos do pecado de Adão imputado a toda Criação. Esta salvação também traz a
reconciliação. Deus reestabelece a paz e os laços de vida (pacto) com os seus
escolhidos. O relacionamento de vida e bênçãos são agora retomados em Cristo.
Temos, portanto, o Rei, o reino, o pacto e o mediador revelados nesta bendita
reconciliação.
Os
laços rompidos com Deus são curados. Consequentemente, os laços rompidos com o
semelhante e com a natureza também podem ser curados e retomados. Esta é a
graça da reconciliação. A morte, o caos, o orgulho, a prepotência, a
independência e o rancor devem ser despojados, para dar lugar à vida, paz,
humildade, altruísmo, solidariedade e amor. Estes valores espirituais e éticos
devem reger agora nosso coração e relacionamentos.
Certamente,
a implicação disto para a nossa vida são imensas. Primeiramente, se estamos em
Cristo, o reinado dele deve ser necessariamente uma realidade em nossa vida.
Corações que se encontram e estabelecem o amor apesar dos erros e ofensas é uma
dádiva possibilitada apenas quando a cruz reina sobre a nossa vida. O
verdadeiro crente terá seu coração, mente, emoções, desejos, ações e reações
dirigidos pelo Senhor Jesus através do Espírito Santo. Os princípios da Palavra
de Deus são agora determinantes para nós.
Podemos citar alguns dos principais valores
ético-espirituais para nós. O maior deles é o amor incondicional. Perceba como
Deus nos amou apesar do nosso pecado e miséria. Deus não salvou crentes
perfeitos, antes, miseráveis pecadores ingratos. O amor é desinteressado,
incondicional. Este é o amor que deve reinar e reger toda a nossa vida.
Quando
este amor reinar então o perdão não será impossível, apesar de desafiador.
Perdão significa relevar o erro do outro e tratá-lo apesar dos seus erros. Deus
fez isso conosco. Ser discípulo é aplicar este perdão ao outro, apesar das
ofensas. Quem ama, perdoa. Quem perdoa, vive em paz. Quem vive em paz, vive
feliz.
O
perdão nos leva a valorizar o outro, a tratá-lo apesar dos seus erros, a olhar
com simpatia, compreensão e paciência. Ter o coração aberto ao próximo, num
amor incondicional, é fundamental para experimentar a paz que vem da cruz.
Por: Pastor Marlom
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