Nesta série em comemoração aos 500 anos da Reforma
Protestante estamos pensando sobre herança deste movimento marcante movido pelo
Senhor da História. A reforma deixou suas marcas, seus legados. Cabe a nós,
servos do Senhor, protestantes, não apenas agradecer a Deus pelo movimento da
reforma, mas também, defender seu legado e levar adiante os seus princípios
indeléveis. A Igreja Cristã de hoje precisa ser reformada, não apenas
formalmente falando, mas na defesa da sua fé genuinamente reformada.
"No último post, tratamos sobre a grande herança deixada pelos reformadores, qual foi, o redescobrimento e o retorno às Sagradas Escrituras. Hoje trataremos de outro grande legado, o também retorno ao culto como adoração exclusivamente a Deus. Os reformadores defenderam a supremacia e a preeminência deste culto espiritual, simples, voltado especificamente ao Senhor da Palavra, o Deus dos deuses e Senhor dos senhores, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus Criador e Salvador da sua Igreja.
"No último post, tratamos sobre a grande herança deixada pelos reformadores, qual foi, o redescobrimento e o retorno às Sagradas Escrituras. Hoje trataremos de outro grande legado, o também retorno ao culto como adoração exclusivamente a Deus. Os reformadores defenderam a supremacia e a preeminência deste culto espiritual, simples, voltado especificamente ao Senhor da Palavra, o Deus dos deuses e Senhor dos senhores, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus Criador e Salvador da sua Igreja.
Precisamos lembrar como era o culto antes da reforma ministrado pela
Igreja Católica. Este culto era numa linguagem não acessível aos leigos (apenas
ao clero), o culto todo era em latim, e o ministrante ficava de costas aos
fieis. Havia culto às entidades religiosas, cultos e intercessões aos mortos.
Havia também muita pompa em toda liturgia. Um culto não inteligível aos leigos.
O culto era apenas ritualístico e pomposo. Havia ainda o uso de velas e
incensos. A invocação dos santos e da Virgem Maria era uma prática litúrgica
constante. Um culto, portanto, não compreensível, e cheio de enigmas. O culto
católico no século XV e XVI era pautado em uma “fé implícita”, qual seja,
aquela que leva o fiel a uma submissão sem questionamentos aos ensinos da
Igreja Mãe, sem necessidade de compreensão e entendimento dos princípios de fé.
Os reformadores, principalmente, João Calvino, foram radicalmente contra
estes princípios e práticas litúrgicas do catolicismo medieval. Pautados pelo
“Sola Scriptura” (Somente a Escritura), o culto foi pautado na centralidade da
Escritura. O princípio regulador do culto é a Palavra de Deus. Tudo o que não
estava claramente prescrito na Escritura foi retirado da liturgia. O culto foi
direcionado somente a Deus! O culto é dele, para ele! O culto, segundo os
reformadores, é teocêntrico.
Além destes princípios basilares indispensáveis, a simplicidade também
foi defendida pelos reformadores. Um culto simples, sem pompas, sem todo aquele
ritualismo medieval, numa linguagem simples e compreensível ao povo leigo. A
liturgia pautada na Escritura, onde os Salmos eram entoados. O sermão
expositivo passou a ser o método de pregação do culto reformado. Todos os
crentes, na mediação única e exclusiva do Senhor Jesus Cristo, tinham livre
acesso à adoração a Deus. O liturgo é apenas um servo do Senhor, não mais, o
“mediador” do culto. Aqui vemos o princípio reformado do sacerdócio universal
de todos os crentes.
Este era o culto defendido pela reforma protestante. Agora, compare com
os cultos que encontramos em muitas igrejas evangélicas por aí. Será mesmo que
a as igrejas atuais defendem o legado reformado referente ao culto? Será que o
culto de hoje não é voltado para satisfazer os fieis? Para arrecadação de
dízimos e ofertas? Para a promoção de pregadores e pastores “da moda”? Minha
função aqui não é de julgar, mas apenas te levar à reflexão sobre o culto a
Deus contemporâneo. O culto a Deus, independentemente de questões culturais ou
temporais, deve ser exclusivo Deus, teocêntrico. Os elementos essenciais
do culto devem ser aqueles exclusivamente prescritos pelo padrão regulamentador
do culto que são as Escrituras Sagradas. Se o culto é para Deus, então, deve
ser do jeito que ele se agrada, não é verdade? E onde mais, senão apenas na
Palavra de Deus, encontramos a sua vontade? Como o culto antropocêntrico e
interesseiro, que mercadeja a Palavra de Deus pode ser agradável a Deus da
Palavra? Creio ser urgente o retorno à preeminência da teocentricidade do
culto. O culto, a liturgia, toda a adoração, são (devem ser!) exclusivos a Deus,
somente a Deus. “Soli Deo Gloria”.
Veja
nestes versos alguns princípios sobre culto:
Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas
procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se
aproxima o Dia.
Hebreus 10:25
Hebreus 10:25
A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria,
ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos
espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. Colossenses 3:16
Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um
sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.
Hebreus 13:15
Hebreus 13:15
Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão
em casa e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de
coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes
acrescentava diariamente os que iam sendo salvos. Atos 2:46-47
Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês
tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma
língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja.
1 Coríntios 14:26
1 Coríntios 14:26
Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se
encher pelo Espírito, falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos
espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças
constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo.
Efésios 5:18-20
Efésios 5:18-20
Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e
ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem
autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade
e dignidade.
1 Timóteo 2:1-2
1 Timóteo 2:1-2
Colunista: Rev. Marlon de Oliveira
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