3. A mulher contemporânea e a maternidade (Parte 1)
O propósito desta série é discutir os desafios que as mulheres enfrentam em nossos dias, e apresentar o plano de Deus para as mulheres, propondo um caminho seguro para a superação destes difíceis desafios. De fato, os desafios são muitos. Mas, a graça de Deus é abundante! O Senhor nunca deixou e nem deixará seus filhos desamparados. As mulheres crentes tem em Deus o seu auxílio maior. Nele as mulheres encontram forças para atravessar com beleza e graciosidade todos os obstáculos.
Tratamos nos últimos posts sobre o ideal de Deus para as mulheres e sobre o casamento. Hoje trataremos de um dos desafios mais complexos neste nosso tempo, a maternidade. Estou seguro em afirmar que a maternidade é um dos pontos mais atacados pelo movimento feminista radical. Na verdade, os ideias de Deus serão ameaçados e descredenciados pelos inimigos da fé. Uma última palavra preliminar. Conversei bastante com a minha esposa sobre este tema. Foi muito importante para a formação deste post a visão dela sobre o assunto. Mas, bom, vamos lá.
A mulher é dona de si. Ser mãe é uma opressão, diminui seu valor, limita seus planos, empobrece sua imagem. Parece-me que estas ideias (e outras) são paradigmas socioculturais que tentam extrair da mulher aquilo que mais a dignifica, ser mãe. A minha visão é que estes paradigmas são armas usadas por Satanás para destronar o homem e a mulher de seus papeis como personagens reais (da realeza) inseridos por Deus no cenário da criação para glorificar o próprio Criador. Devemos, à luz da Escritura, da Palavra de Deus, lutar contra isso, apontar o erro, e indicar o caminho instaurado por Deus, o seu ideal! O homem e a mulher só serão felizes se cumprirem com o ideal do Criador.
Todos nós, como criaturas de Deus, estamos inerentemente numa relação Criador-criação. Deus, na Sua Palavra, estabelece poderosa e soberanamente sua vontade a todos nós. Na verdade, não somos nós que resolvemos como queremos viver, a ética, e os valores da nossa vida. É Ele! Somente Ele! Somente Ele pode fazer isso, porque só Ele é o Criador! Somos criaturas. Não somos deuses, independentes e autônomos. Isso é outro engodo vindo do pecado e de Satanás. (Quem sabe não escrevermos uma série sobre isso?) Como criaturas, só seremos verdadeiramente felizes quando vivermos esta vida segundo a vontade de Deus. Somente isto glorifica, de fato, a Deus! Cristo é o modelo de um homem real que viveu sua vida segundo os padrões e valores de Deus, seu Pai. Como crentes, nós, homens e mulheres, somos regenerados e santificados segundo a imagem de Cristo.
Pois bem. Qual o ideal de Deus? Leia com atenção Gênesis 1:26-31: (26) Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". (27) Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (28) Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra". (29) Disse Deus: "Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. (30) E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi. (31) E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Leia também Gênesis 2:18-25: (18) Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". (19) Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. (20) Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse. (21) Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. (22) Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. (23) Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada". (24) Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. (25) O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.
O texto bíblico ensina que Deus criou o homem (macho) e a mulher (fêmea). Especificamente, Deus criou a mulher da mesma substância do homem. A mulher foi portadora da mesma imagem de Deus como o homem foi. Ambos, homem e mulher, aos olhos de Deus são iguais em valor e substância. Ambos são criados à imagem e semelhança de Deus. Ambos trazem em si impressa a imagem de Deus. Isto é tremendamente significativo e fundamental para estabelecer as teses bíblicas que irão sustentar nossa argumentação nestes posts. Ambos, homem e mulher, receberam os mesmos mandatos do Criador, no que tange a natureza (mandato cultural), a família (mandato social) e relação com o Criador (mandato espiritual).
A mulher é uma personagem real, que pertence à realeza da criação. Deus, o Rei, estabeleceu seus príncipes, o homem e a mulher, como personagens reais neste cenário. Ser mulher, ser esposa, ser mãe, ser crente, ser temente a Deus, ser uma mulher cheia de valores morais pautados na Escritura, capacitam a mulher a viver a humanidade estabelecida por Deus a ela. É exatamente o viver a vontade de Deus que valoriza essencialmente a mulher como alguém especial para Deus!
No próximo post, provaremos nossa teste, conectando a maternidade à expressão da realeza reservada especialmente às mulheres e as implicações espirituais e sociais disto. Não perca.
Devo os argumentos deste post à: VAN GRONINGEN, Harriet e Gerard. A Família da Aliança. Instruções bíblicas para a vida familiar que honra a Deus. São Paulo: Cultura Cristã, 1997.
Rev. Marlon de Oliveira
Nenhum comentário
Não deixe de comentar!
Sua opinião é muito importante :D
Beijos...