1. A mulher contemporânea e o seu casamento
De fato, muitas família estão machucadas. Muitas mulheres estão bastante machucadas... Infelizmente esta é a triste realidade... Mas, pensemos juntos: quais são alguns do motivos que desafiam e que assolam o coração feminino? Quais são alguns dos desafios que rodeiam os casamentos? Citamos apenas alguns: a) Desafios emocionais: inveja, ciúmes, mágoas, ódio, ira, desrespeito, solidão, etc.; b) Desafios familiares: (de relacionamento) preferência dos pais por algum filho, falta de espaço individual, desrespeito à opinião (ou forma de pensar/sentimentos), desvalorização (falta de atenção), violência doméstica, opressão, etc.; c) Desafios culturais: diferenças em interesses, ideias, gostos, machismo, feminismo, os “ismos”, etc. d) Desafios sociais: mais intimidade com amigos do que com família, influência externa (outros conselhos diferentes do que os dados pelos pais), violência, feminicídio, pressões externas, etc. É possível ser feliz neste contexto? Paz é uma realidade?
Eu creio que sim! A boa nova é que a Palavra de Deus ensina que é possível curar relacionamentos rompidos, é possível restaurar uma família machucada, um casamento falido! É possível sim às mulheres buscarem uma identidade e relacionamentos saudáveis e maduros. É possível ser feliz e viver uma vida plena nesta vida. Não estou dizendo que seja fácil, mágico ou automático. De forma nenhuma! Mas, é possível! E o primeiro passo para isto é resgatar identidade da instituição familiar. Família é o núcleo social mais primitivo criado, idealizado, por Deus. Criado para ser um ambiente de crescimento, proteção, suporte e direcionamento na vida. E, por que existe família? Por que Deus a instituiu? E por que existe casamento?
Segundo as Escrituras, a família é um lugar de refúgio: (Gn 2.18,20-24) A família, começando pelo casamento, existe para proporcionar amor, carinho, conforto, proteção e refúgio às pessoas (a indivíduos). É no núcleo familiar que encontramos abrigo seguro contra os males deste século. A família também é um lugar de suprimento: Além de refúgio, família foi criada para suprir necessidades físicas e emocionais. O indivíduo humano é um ser sociável, dependente de relacionamentos, diálogos, etc. E, ainda, a família é um lugar de treinamento: (Dt 6.1-9 / Sl 78.3,4 / Cl 3.16-17) A família serve para preparar o indivíduo a Deus e ao mundo, educando-o nos caminhos do Senhor (Pv 22.6). Mas, perceber isto, eu insisto, é necessário ter a presença de Deus no casamento, nos laços familiares. Em Gênesis 1.27-28, lemos: “Criou Deus o homem ... homem e mulher os criou”, “Deus lhes abençoou...sejam férteis”. Estes versos mostram que quem cria, une, abençoa é Deus. O casamento é um ideal de Deus, é uma instituição divina. O que define o casamento não é o que “eu” quero, e sim o que Deus, o Criador, quer! Portanto, Deus deve estar em seu lugar de direito: o 1o lugar em um lar. Deus é de exclusividade. A família é instituição divina, Ele a criou.
Portanto, a felicidade só é possível quando Deus está presente. Ele é a estrutura de um lar. Salomão vai nos instruir em Salmo 127.1: “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção” É Deus quem aproxima os cônjuges entre si. “Um casamento bem-sucedido é sempre um triângulo: o homem, a mulher e Deus.” (Cecyl Myers) Deus está presente quando Ele for a cabeça – o alicerce, o dirigente, o Senhor, a fonte de todo amor. “Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, diz 1 João 4:8. Um casamento sem Deus é uma união sem amor. Deus está presente quando Ele for respeitado e obedecido. Creio que este é o maior problema nos casamentos. A ausência do temor ao Senhor. Veja o que nos ensina o Salmo 128.1: “Como é feliz quem teme o Senhor, quem anda em seus caminhos”. Assim, é preciso ouvir a vontade de Deus e fazer o que Ele quer. Ele deve estar presente no casamento, na relação, nas conversas, nos planos e perspectivas, educação dos filhos, trabalho, lazer, etc. A referência que tangencia nossa vida, casamento e relacionamento é Deus!
O que queremos dizer na prática? Como nosso foco neste post está no casamento, vamos apresentar algumas questões neste sentido. Os maridos devem amar a sua esposa como Cristo amou a Igreja (Ef 5:25). Isto é inquestionável e inegociável! O homem casado deve ser marido de uma só esposa! Fugir da tentação da pornografia, adultério, mentiras. Deve amar a sua esposa! E trata-la como Cristo tratou (e trata) a sua Igreja. Amar incondicionalmente. Amar perfeitamente. Amar sobre tudo e sobre todos! O marido deve viver para a sua esposa, e lutar para reconhece-la como a sua metade, sua companheira e seu tesouro maior! A esposa, por sua vez, deve se submeter ao marido como a Igreja deve submissão a Jesus (Ef 5:22). Engraçado como quando se fala de submissão, muitos (e muitas) se escandalizam? Por que será? Creio que o orgulho e a prepotência tem algo a ver. Enfim, o ideal de Deus é que a esposa seja a companheira auxiliadora do seu marido. Submeter-se em submissão é reconhecer a missão do marido de ser o líder e cabeça da sua casa. A esposa crente é a estrutura do seu lar. Como as mulheres rebeldes estão destruindo seu lar e seu casamento com seu discurso antibíblico. A mulher crente investe no seu casamento, assumindo o seu papel como esposa crente ao lado do seu marido amado.
Além de resgatar a identidade da instituição familiar, creio ainda, que outra ação é necessária para trazer cura aos casamentos. É absolutamente urgente resgatar a identidade de sentimentos cristãos. Pensar e sentir, agir e reagir como filhos de Deus, tendo a vontade divina como a referência suprema e primeira. Paulo, o apóstolo, vai nos ensinar em Efésios 5.8-9 que existem atitudes que demonstram impiedade e não conversão, que existem sentimentos que demonstram pecado e não santidade. Baseado na diretriz paulina em Colossenses 3.5,6,8,12-15, apontamos alguns sentimentos cristãos que devem estar em nossa meta de vida: Carinho em lugar de ofensas (3.12); respeito em lugar de ira e intriga (3.12,8); perdão em lugar da mágoa (3.13); companheirismo em lugar de solidão, individualidade, disputas (3.13,15); amor em lugar da inveja, ciúmes e ódio (3.14,5); paz em lugar da guerra e conflitos (3.15).
Enfim, propomos uma mudança real de atitudes, na forma de pensar, e nos sentimentos (Rm 12.1-2). Entenda que existem sentimentos pecaminosos e espirituais. É a submissão à vontade de Deus que possibilita esta mudança na vida. E a sujeição uns aos outros no temor de Cristo (Ef 5.21), a partir de uma conversão sincera e da ação do Espírito Santo (Ef 5.18), que estrutura um coração saudável. Busquemos sentimentos baseados em decisões, santidades, dependência do Espírito e maturidade. Este é o caminho para um casamento feliz.
É fácil? Claro que não! Mas é possível! O que você quer para sua vida? E você, mulher crente, o que você deseja e idealiza para o seu coração? Esta pergunta é significativa porque buscamos aquilo que desejamos, que somos motivados a buscar. Você quer ser feliz? Quer um casamento feliz? Este é o seu ideal como mulher? Então, volte os seus olhos e o seu coração para a vontade de Deus para os casamentos. Viva como Ele, o nosso Senhor, determina e orienta em sua Palavra! Garanto pra você, minha irmã em Cristo, que os resultados finais serão abençoadores e plenos de felicidade. Medite seriamente nestas questões.
Nosso Colunista: Rev. Marlon de Oliveira
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