A feminilidade de Ester. (Capitulo 3)

  



Ao contrário de Vasti, que não honrou seu esposo, Assuero, rei da Pérsia leia aqui: Capitulo 2 Ester (Hadassa em hebraico) foi uma mulher sábia, prudente e sagaz!

Quando o Rei Assuero, após ter repudiado Vasti por sua recusa em comparecer ao banquete real, narrado no capítulo 1 do livro de Ester, convoca as moças de seu extenso reino para que uma delas fosse escolhida como rainha no lugar de Vasti. Ester, uma moça judia, que vivia como deportada pelo exílio babilônico junto com seu tio Mordecai, um benjamita, alcançou o favor real vencendo por sua beleza e, sobretudo, por sua sabedoria todas as outras moças, tornando-se rainha da Pérsia no lugar de Vasti. Ester não só obteve o favor de todos que a viam (Ester 2:15), mas alcançou o favor e o amor do rei (2:17). Assuero a fez rainha, embora não soubesse nada sobre a linhagem de Ester.

É preciso que nos lembremos do cenário de fundo da história de Ester. Os judeus haviam sido dominados e exilados pelos babilônios, portanto, não eram tratados necessariamente como um povo amigo. Ester era judia, uma exilada, e uma adoradora do Deus de seu povo, o Deus de Israel, que não era a divindade adorada na Babilônia. É neste contexto que ao ser feita rainha, Ester enfrentará junto com seu povo, o povo de Israel, uma conspiração levada a termo por um homem chamado Hamã, um príncipe temido e respeitado na corte de Assuero.

Hamã tramou para eliminar o povo judeu e sua trama obteve no início a anuência do próprio rei Assuero, que sem saber estava casado com uma judia. Então, Assuero decreta a morte dos judeus (3:12-14).

Mordecai, tio de Ester intervém na situação e pede a Ester que interceda junto ao rei pelo povo de Israel. Mas havia grandes riscos, primeiro que a palavra de um rei não voltava atrás, segundo que qualquer pessoa que entrasse na presença real sem a devida autorização do rei era imediatamente morto (4:11),  um terceiro problema havia também, Ester não havia revelado sua verdadeira origem.

Nesse momento, a Bíblia nos revela a sabedoria de Ester e seu temor por Deus. A primeira atitude que ela toma é clamar a Deus através de um jejum, feito por ela e pelo povo de Israel (4:16). Temos aqui a primeira lição que aprendemos com Ester: Uma mulher sábia teme e confia sobretudo em Deus e não em sua beleza e capacidade de sedução. Ester poderia agir insensatamente como Vasti, confiar em sua formosura tão somente. Todavia, ela deposita sua esperança no Senhor, pois sabe que é Dele que virá a vitória e o livramento.

o próximo passo é falar com seu marido e com a mesma sabedoria procurar convencê-lo a seu favor. Assim ela faz! Prudente e respeitosamente, Ester convence seu esposo, sem fazer escândalo, sem causar atrito e sem ser insensata, ela não só convence o rei a mudar de opinião, mas a enforcar o conspirador Hamã e salvar seu povo! Trazendo para si e para sua família honra e dignidade!

Ester é um exemplo de feminilidade e sabedoria. Ela mostra que é possível uma mulher ser ao mesmo feminina e sábia, formosa e temente a Deus. Sua saga não é apenas uma lição para as mulheres, mas também para os homens! Seu exemplo, eternizado pela palavra de Deus não só é uma derrota para o feminismo, que pretende fazer com que as mulheres sejam como Vasti, soberbas, confiantes apenas em si mesmas, autonômas em relação a Deus, mas uma vitória incontestável da doçura feminina aliada a sagacidade e temperada com amor a Deus em primeiro lugar.

 

Escrito pelo colunista Pastor Davi Peixoto da igreja reformada ortodoxa.



Uma produção do blog Teologia e mulheres, em breve produziremos mais textos. 😍

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